Padre argentino é condenado a 15 anos de prisão por abuso sexual
HILARY BURKE - REUTERS
BUENOS AIRES - Um famoso padre argentino foi condenado a 15 anos de prisão nesta quarta-feira por abusar sexualmente de um menino em sua fundação "Felices los Niños" no mais recente caso de pedofilia a abalar a Igreja Católica.
Após nove meses de julgamento, um tribunal no subúrbio de Buenos Aires culpou Julio Grassi por molestar um garoto nos anos 1990, mas o absolveu de abusos a outros dois.
Manifestantes de esquerda protestaram do lado de fora com placas que chamavam o padre de estuprador. Depois do veredicto, eles se enfrentaram com apoiadores do religioso.
"Estou chocado, paralisado e amargurado," disse Grassi, de 52 anos, a uma estação local de televisão.
O midiático padre, conhecido pela fundação "Felices los Niños" para crianças pobres e com infância complicada, sempre disse ser inocente.
Seu advogado prometeu recorrer da sentença.
Promotores disseram estudar um recurso sobre as duas absolvições. Eles se queixam de que a corte não ordenou a prisão de Grassi enquanto os recursos estiverem pendentes.
"Os riscos são claros, todas as descobertas de especialistas indicam que uma pessoa não pode controlar sua sexualidade... o tribunal decidiu permitiu que um conhecido pedófilo, encarregado de uma fundação para crianças, permaneça em liberdade. Isso não faz sentido," disse Juan Pablo Gallego, advogado de acusação.
A América Latina abriga praticamente a metade dos católicos do mundo. A Argentina é um país predominantemente católico, mas muitos criticam a Igreja pela inação durante a "Guerra Suja" de 1976 a 1983, quando alguns padres apoiaram abertamente a ditadura militar.
No mês passado, um relatório na Irlanda detalhou décadas de abusos contra crianças em escolas públicas e orfanatos administrados pela Igreja, no capítulo mais recente dos escândalos sexuais relacionados ao catolicismo.
Após nove meses de julgamento, um tribunal no subúrbio de Buenos Aires culpou Julio Grassi por molestar um garoto nos anos 1990, mas o absolveu de abusos a outros dois.
Manifestantes de esquerda protestaram do lado de fora com placas que chamavam o padre de estuprador. Depois do veredicto, eles se enfrentaram com apoiadores do religioso.
"Estou chocado, paralisado e amargurado," disse Grassi, de 52 anos, a uma estação local de televisão.
O midiático padre, conhecido pela fundação "Felices los Niños" para crianças pobres e com infância complicada, sempre disse ser inocente.
Seu advogado prometeu recorrer da sentença.
Promotores disseram estudar um recurso sobre as duas absolvições. Eles se queixam de que a corte não ordenou a prisão de Grassi enquanto os recursos estiverem pendentes.
"Os riscos são claros, todas as descobertas de especialistas indicam que uma pessoa não pode controlar sua sexualidade... o tribunal decidiu permitiu que um conhecido pedófilo, encarregado de uma fundação para crianças, permaneça em liberdade. Isso não faz sentido," disse Juan Pablo Gallego, advogado de acusação.
A América Latina abriga praticamente a metade dos católicos do mundo. A Argentina é um país predominantemente católico, mas muitos criticam a Igreja pela inação durante a "Guerra Suja" de 1976 a 1983, quando alguns padres apoiaram abertamente a ditadura militar.
No mês passado, um relatório na Irlanda detalhou décadas de abusos contra crianças em escolas públicas e orfanatos administrados pela Igreja, no capítulo mais recente dos escândalos sexuais relacionados ao catolicismo.
Jornal O Estado de S.Paulo