Geração Y: os nascidos nos anos 1980 e início da década de 1990
Chamados de Geração Y, estes jovens nascidos entre as décadas de 80 e 90 têm características muito especiais, pois foram os únicos que acompanharam a revolução tecnológica desde pequenos. Eles se conectaram desde cedo com o mundo digital e aprenderam na raça como incorporar em seu cotidiano as novas tecnologias, conseguindo, assim, desenvolver competências diferentes das gerações anteriores: a Baby Boomers e Geração X.
Durante os anos 90, as tecnologias criadas na década de 80 foram aperfeiçoadas e popularizadas, entre elas, o computador, a internet e o telefone celular. A internet passou a ser uma nova mídia e conceito que mudou todo o comportamento das pessoas, em especial destes jovens. A internet trouxe um mundo de infinitas possibilidades, sendo uma ferramenta muito útil para explorar diversos assuntos e, consequentemente, permitindo que eles desenvolvessem ainda mais a curiosidade e capacidade para mexer com estas tecnologias.
Aliás, isso também possibilitou o desenvolvimento da independência, já que eles podiam achar as respostas para suas dúvidas facilmente, rapidamente e, principalmente, sozinhos. Portanto, eles estão se tornando uma geração mais crítica, pois possuem ferramentas para questionar, desafiar e discordar. Não aceitam explicações simples e óbvias. A internet permite debates em tempo real com pessoas de diferentes lugares e idades por meio de bate-papos e fóruns, o que os torna jovens mais questionadores e prontos para mudar o que julgam não estar certo. O lado negativo desse ambiente online é que os jovens podem perder suas habilidades sociais.
Com o ritmo acelerado da tecnologia, eles se tornaram especialistas na realização de multitarefas, além de serem efêmeros, imediatistas e bem informados, mesmo que com certa superficialidade e um comportamento alienado ou mesmo despreocupado em relação aos problemas sociais e ideológicos. Apesar disso, essa ainda é uma geração curiosa, empreendedora, flexível, colaboradora, que concebe bem a necessidade e o momento em que vivemos de troca de informações e partilhas de vivências e conhecimentos.
Para cada grupo particular, esses jovens receberam um nome. Dessa forma, não existe ainda um termo generalizado. O nome Geração Y, por exemplo, originou-se como sucessor da Geração X, termo criado para designar os nascidos entre a década de 60 e 70.
Geração X: O início da internet. Os bebês dos anos 1960/1970
Nos Estados Unidos, o termo Geração X foi, inicialmente, referido ao período do "baby bust", ou seja, a geração pós-baby boom, quando as famílias começaram a ter menos filhos por casal. No Reino Unido, o termo foi utilizado primeiramente em 1964, em um estudo sobre a juventude britânica, que revelou uma geração de adolescentes com hábitos e preocupações diferentes das gerações anteriores. Eram jovens que dormiam juntos antes que estivessem casados, não acreditavam em Deus, não gostavam da Rainha e não respeitavam os pais.
Essa geração viveu em uma sociedade onde havia descrença no governo, falta de confiança na liderança, apatia política, aumento do divórcio e do número de mães que transformaram a maneira de se relacionar com a sociedade. Foi a partir dessa geração que surgiram as preocupações com a destruição ambiental e as questões ecológicas. Este foi o início da internet e o fim da Guerra Fria, outra característica cultural marcante da Geração X.
Os Baby Boomers: A geração da TV (1950/1960)
Os Baby Boomers compreendem os nascidos entre a década de 1950 e 1960. O termo "Baby Boomer" é usado como referência aos “filhos” do baby boom, explosão demográfica pós-Segunda Guerra Mundial, que ocorreu em maior escala nos Estados Unidos, Canadá e Austrália.
Mais do que uma explosão demográfica, essa foi uma transformação cultural. A ascensão da televisão moldou o comportamento desses jovens, visto que ela servia como mensageira e mobilizadora, e ainda retratava a juventude como um grande acontecimento. Essa geração participou da revolução dos anos 1960, o que mudou não só o papel das mulheres na sociedade, mas também o papel dos jovens. Eles desenvolveram sua própria cultura, pelo fato de existir um grande abismo entre eles e seus pais. Devido a isso, criaram seu estilo de vida próprio e tinham a televisão como principal ferramenta de comunicação.
Dessa geração surgiram os ideais de liberdade, o feminismo e os movimentos civis a favor dos negros e homossexuais. O comportamento hippie também surgiu nessa época e junto a ele, protestos contra a Guerra Fria e a Guerra do Vietnã. No Brasil, a geração foi marcada pelos festivais de música, que eram uma forma de expressão político-ideológica dos jovens diante da repressão e censura da ditadura militar.