Geração Y e as redes sociais Terceira matéria da série mostra a relação dos jovens digitais com os sites de relacionamento e compartilhamento de informações





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Conectados em tempo integral, os jovens da “Geração Y” – e não só eles – vivem praticamente uma representação do mundo real no cyber espaço, mais precisamente nas famosas e cada vez mais populares redes sociais. Isso é tão verdade que chegamos a um patamar em que a maioria desses jovens não consegue mais separar a vida real da virtual. "Para mim é muito difícil existir uma separação do que é uma vida pessoal online ou uma vida pessoal offline. Eu estou o tempo todo com o meu celular, e enquanto eu estou no Twitter eu estou fazendo alguma outra coisa. Então não tem divisão", diz Gustavo Jreige, diretor de criação da Polvora Comunicação. Com apenas 22 anos, Gustavo tem sua vida online há pelo menos 10. Ele está presente em praticamente todas as redes sociais e criou até uma página para quem quiser adicioná-lo de alguma forma em mais de 20 canais.

Apesar de ser formado em jornalismo, ele trabalha com publicidade e foi a partir do seu blog que transformou o assunto “redes sociais” em profissão. Com mais de 4 mil seguidores em uma rede e centenas de amigos em outra, a experiência talvez diferencie um pouco Gustavo da maioria dessa geração conectada. Mas não é todo mundo que tem essa percepção...ainda! Além de terem nascido imersos em tecnologia, com o “boom” das redes sociais, esse jovem “Y” encontra hoje um mundo com diferentes valores de privacidade. E isso tem suas conseqüências. "Você é uma pessoa pública, tudo o que você escreve em qualquer rede social é a mesma coisa do que escrever em pedra, aquilo vai ficar eternizado", conta Ricardo Almeida, diretor geral do I-Group.

Sendo otimistas, podemos destacar o lado bom disso. Hoje, por exemplo, é muito mais fácil (e rápido) de um jovem ser reconhecido do que era nas gerações anteriores. A velocidade das coisas é muito maior. E, com toda essa visibilidade adquirida nas redes sociais, com sabedoria, qualquer um pode usar a força desses canais a seu favor. "A maior dificuldade para essa geração é que ela precisa amadurecer mais rápido e ser mais rápido do que as gerações anteriores. É uma dificuldade tremenda, porque você acaba pulando algumas etapas do próprio desenvolvimento humano", comenta Ricardo.

E a privacidade? A maioria das pessoas ainda não aprendeu a lidar com essa falta de fronteira